Essa semana, mais especificamente dia 25, foi comemorado o dia nacional da Adoção. Não sabia que existia esse dia, mas veio de encontro com o que vinha pensando ultimamente.
Estatísticas apontam: cerca de 30 mil crianças brasileiras vivem em abrigos, sem direito à convivência familiar. São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro são os estados onde há o maior número de crianças abrigadas, num total de 14.874, distribuídas em instituições governamentais e não governamentais (dados levantados pelo Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Acolhidos criado em 2009 pelo Conselho Nacional de Justiça).
E o pior, poucas dessas crianças estão juridicamente disponíveis à adoção.
Enfrentamento dessas burocracias, as dificuldades psicológicas desses que foram rejeitados pela família de origem, preconceitos daqueles que se dispõe ao ato, afinal grande parte deseja crianças até cinco anos de idade e brancas.
Não quero polemizar. Cada um pense a situação e faça, dentro dos seus limites, aquilo que lhe entender possível: orações, serviços voluntários, alertas nos lugares que frequentam, a adoção propriamente dita.
Só quero nesse espaço que cultivo, com carinho, deixar minha mensagem de apoio, crianças que se doam por amor.
"Não sei se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos tem sentido
Se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa do outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura...
Enquanto durar."
(Cora Coralina)