A humildade é muitas vezes, diante dessa vida tão atribulada, esquecida por muitos. Mas
trata-se de flor tão benevolente em nossa vida que gostaria de falar dela hoje.
Muitos envaidecidos em seus conhecimentos profissionais ou até mesmo em outros setores da vida cotidiana colocam em suas atitudes ou palavras a soberba de não admitir serem falhos ou não conhecerem exatamente de tudo.
Ainda me recordo daqueles que “jogam” palavras ao vento, numa vontade louca de se fazerem aceitar, sem o filtro da bondade e do respeito.
Quantas pessoas, não são letradas em bancos de universidades e possuem conhecimentos profundos da vida! Quantos não freqüentaram esses, ditos, redutos de sabedoria e possuem conhecimentos profundos sobre vários ramos profissionais!
Meu pai possui formação somente até a quarta série primária e é exímio mestre de obras. Fico impressionada com a sua facilidade com cálculos! Sempre trabalhou sendo responsável por obras de construção civil calculando quanto material seria necessário para a execução dos serviços, fora as nossas casas que sempre foram feitas por ele.
De que vale, portanto, tanto orgulho? Da vida o que levamos são o amor, as amizades, o bem que pudermos fazer a virtude que temos na vida e que nos envolve e nos torna pessoas melhores.
Que possamos retirar essa venda que nos tapa os olhos nos ferindo e àqueles que estão a nossa volta. Busquemos ouvir o próximo, ouvir o que diz o nosso coração, tratar com lealdade e justiça aqueles que nos cercam sem a máscara de que somos superiores.
Aliás, superiores em que? Faça-se essa pergunta e verá que tudo se resumirá a questões materiais, pois o intelecto, esse todos, sem exceção tem capacidade e potencial de se igualar, na medida em que a generosidade nos atrai para o verdadeiro conhecimento da vida.
A humildade não é humilhação, e sim a arte de ter tolerância com as limitações alheias... que pensemos nisso!